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sábado, 18 de maio de 2013

O DIVÓRCIO


Assembleia de Deus Ministério Estudando a Palavra
Departamento de Escola Bíblica Dominical

19 de Maio de 2013
Lição 7

O DIVÓRCIO

Leitura Bíblica em Classe:
Mateus 19.3-12


Introdução: - “Em um ano, os divórcios aumentaram 45,6%. Os dados divulgados pelo IBGE mostram que em 2011, mais de 351 mil casamentos chegaram ao fim, o maior número já registrado na história do país. O salto tão grande na estatística é explicado pela mudança da Constituição. Desde julho de 2010, os brasileiros não precisam estar separados por pelo menos um ano para pedir o divórcio.” Isso é um dos sinais do fim dos tempos, a banalização do divórcio (Lc 17.27). Qual a posição da Bíblia acerca do divórcio? É o que estudaremos nesta lição.

OBJETIVOS:
Dissertar sobre o divórcio no Antigo Testamento.
Defender como padrão o ensinamento de Jesus sobre o divórcio.
Explicar o porquê do ensino de Paulo acerca do divórcio.


I.             O DIVÓRCIO NO ANTIGO TESTAMENTO

1)          Significado. O divórcio segundo a Bíblia significa a “dissolução completa do matrimônio”. Etimologicamente, tem um significado, bem abrangente. Na Bíblia, tanto no Novo testamento como no Antigo, aparece como "Apolyõ", ou como "Apostasion".

• No AT, essas palavras são raras, "Apoliõ" se emprega numa variedade de sentidos, inclusive o divórcio (Dt 24:1 e Ed 9:36).

• "Apostasion" aparece quatro vezes como "Titulo de divórcio" (Is 50:1 e Jr 3:8). No

N.T., "Apolion" tem os mesmos sentidos do grego. Significa também (como no AT): soltar um prisioneiro, libertar da doença, inocentar, mandar embora, lembra também a palavra apostasia, demitir, deixar morrer e principalmente divorciar uma esposa.

2)    A lei de Moisés e o divórcio (Dt 24.1-4). Quando Deus formou o homem e a mulher, evidentemente, não tinha o divórcio em mente (Gn 2.24), desejando, portanto, que a união matrimonial durasse até a morte de um dos cônjuges. Após o êxodo de Israel do Egito, devido o divórcio ser uma prática comum entre o povo, precisava ser regulada, assim como era comum à poligamia (Dt 21.15). Vejamos agora quais as questões relacionadas a esta lei dirigidas por Moisés, o grande legislador de Israel:

• Caso o homem, após o casamento passasse a não se agradar de sua mulher, por alguma “coisa indecente”, que abrange: andar com cabelo solto, girar na rua, conversar com outros homens com demasiada familiaridade, gritar, isto é, falar como marido em voz tão alta, que o morador da casa vizinha a escutasse, reputação má em geral, ou a descoberta de fraude anterior ao casamento, ou considerar que ela tenha feito algo ofensivo para ele, tinha o direito de escrever uma carta, chamada em hebraico de “get”, que tem o significado de desquite, ou repúdio, que é mais conhecida como carta de divórcio (Dt 24.1,2).

• Esta carta liberava a mulher repudiada a casar-se novamente, só não poderia mais casar-se com o marido que a liberou com esse “certificado”, e semelhantemente, o marido poderia contrais novas núpcias (Dt 24.3,4).

• Em caso de adultério, que exigia a morte dos adúlteros (Lv 20.10), esta carta poderia ser usada pelo marido vitimado como um ato de misericórdia, para poupar a esposa adúltera da vergonha e da desgraça de um julgamento público, e da morte, quando feito ocultamente.

• A mulher não tinha o direito de pedir o divórcio.

Concluímos, portanto, que o divórcio segundo a Bíblia e aprovado por Deus, daria o direito de casar-se de novo! Nas próprias origens do divórcio, está claro, que o divórcio bíblico implicava na dissolução total do casamento, com direito a novo casamento.

II.          O ENSINO DE JESUS A RESPEITO DO DIVÓRCIO

1)          A pergunta dos fariseus. Alguns anos antes de Cristo, dois famosos rabinos judeus, apresentaram suas posições sobre o divórcio, era conhecida como a disputa de “Hillel e Shammai” se tratavam sobre a interpretação das legítimas causas do divórcio.

Essas posições foram também chamadas de duas escolas:

• Hillel, que ensinava que um judeu poderia divorciar-se da esposa por “qualquer motivo”.

• Shammai, que defendia a ideia de que o divórcio só era legal por causa de “fornicação”. Procurando incriminar Jesus, e imbuídos da ideia difundida por Hillel, os fariseus questionaram: “É lícito ao homem repudiar a mulher por qualquer motivo?” (Mt 19.3b).

Jesus interpretando conforme o principio de tudo respondeu que o plano original é que o casamento seja indissolúvel (Mt 19.4-6). Os fariseus insistiram: “Então, por que mandou Moisés dar-lhe carta de divórcio e repudiá-la?” (Mt 19.7b). Vejamos agora o que Jesus ensina sobre este tema

2)              O Ensino de Jesus.

• A “dureza do coração” dos homens (Mt 19.8). Jesus a principio, toca na essência da questão do divórcio, fala da dureza, da insensibilidade do coração dos homens.

Esse é o principal motivo para todas as separações. Jesus declarou também em sua oração pelos discípulos que deveriam ser um (Jo 17.20,21), e confirmando o que estava escrito sobre o casamento, disse: “Portanto, deixará o homem pai e mãe e se unirá à sua mulher, e serão dois numa só carne? Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto o que Deus uniu não separe o homem.” (Mt 19.4-6).

• “Exceto em caso de prostituição” (Mt 19.9). Jesus usou uma expressão decisiva.

Prostituição é uma palavra que vem do grego “pornéia”, e significa imoralidade sexual em todas as formas. Em outras versões bíblicas, diz: “exceto em caso de adultério”. Nas Escrituras os termos “fornicação” e “adultério” são sinônimos, e muitas vezes são empregados alternadamente. No Hebraico a palavra fornicação abrange: incesto, sodomia, perversão, e todos os pecados sexuais cometidos antes e depois do casamento. Para os judeus que cometessem atos de fornicação tanto antes como depois do casamento, a pena de morte fora imposta (Lv 20.11-21). Foi nesse sentido que Jesus empregou o termo “adultério”, quando anunciou sua “Lei do Divórcio”.

• Permissão para novo casamento. A carta de divórcio que permitia o Novo casamento era o único tipo de divórcio que os judeus conheciam. E foi essa carta que Jesus se referiu em Mt 5.31,32. Isso mostra a possibilidade do casamento ser dissolvido pelo divórcio e a possibilidade de se ter um outro casamento conforme ensinado anteriormente.

3)           Contextualizar sem banalizar. Devemos analisar o fato social e até mesmo de traição do cônjuge problemático. Consideremos o caso do alcoólatra, que espanca sua esposa e seus filhos, ou de um pai que matou a própria filha, ou até mesmo um conjugue que assassinou alguém e está preso. O caso de uma insanidade mental provocada pelo uso de drogas, o abuso físico e psicológico e outros motivos específicos e particulares. Não seria suficiente para que o outro cônjuge divorcia-se? Segundo a Enciclopédia Chaplin:

“Esses (motivos) nos exortam a reconhecermos que a regra que tem por exceção única o adultério é totalmente inadequada para satisfazer às necessidades de uma sociedade que abunda de crimes cometidos contra a família ou fora dela, e que são muito piores do que o adultério”. Por isso devemos seguir a ordem do Senhor Jesus sobre o divórcio, mas não podemos ficar atônicos diante desses fatos, cada caso deve ser tratado individualmente, tratando não só o Crente, mas também o descrente, para evitar a destruição da família.

III.       OS ENSINOS DE PAULO A RESPEITO DO DIVÓRCIO


1)          O Significado de Romanos 7. 1 - 4. Este capítulo, o apóstolo Paulo enunciou a “Lei do Marido”, que diz que quando este morresse a mulher estaria livre. O homem, de acordo com a lei geral do casamento, governava sua esposa, pelo poder que fora investido.
Alguns interpretam que Paulo está dizendo que o casamento só seria dissolvido com a morte do cônjuge, mas isso não é verdade, segundo o que estudamos.

2)          O Significado de 1 Coríntios 7.10-15.

• As mulheres, conforme registro do texto, tem também o direito de pedir o divórcio (v.10);

• Aos casais crentes, não devem divorciar-se, sem que haja algum dos motivos já estudados (Mt 5.32; 19.9). Caso queira, que fique sem casar. Paulo diz que é mandamento do Senhor (v.10), Se há desentendimentos, o caminho não é o divórcio, sim a reconciliação. O perdão é poderoso para o crescimento do amor!

• No caso em que o crente é casado com um incrédulo, uma orientação de Paulo, se o incrédulo quiser permanecer em paz no casamento, que permaneça, pois o incrédulo pode ser santificado (v.12,13) Caso queira separar-se, o crente está livre, pois Deus o chamou para vida de paz (v.15-17).


Conclusão: O desejo de Deus sempre foi que casamento fosse indissolúvel. O divórcio não deve ser comum, que seja apenas em casos complexos! A banalização do divórcio é uma dos sinais do fim dos tempos. Que Deus abençoe aos casais e suas famílias, guardando-nos da corrupção mundana!


                                                                         Professor: J. FÁBIO

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