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quarta-feira, 10 de agosto de 2011

O PONTO MAIS ALTO DA VIDA CRISTÃ!



 

O Altar do Incenso Perfumado (Êx 30.1-10; 34-38; 37.25-29)

O Altar de Ouro (ou do Incenso): suas dimensões eram: 0,45 cm de comprimento, por 0,45 cm de largura e 0,90 cm de altura, era a peça mais alta do Lugar Santo e quadrado por cima. Confeccionado de madeira de acácia e revestido de ouro. Também possuía quatro chifres, nos quatro cantos na parte de cima. Possuía também ao seu redor uma coroa (bordadura, moldura) de ouro que servia de anteparo, para que o incenso não se derramasse. Havia duas argolas de ouro para introduzir as duas varas de madeira de acácias revestidas de ouro, para levar o altar durante o trânsito no deserto.



Este altar de ouro estava posicionado antes do segundo Véu no Lugar Santo e diretamente em frente à arca da aliança. Arão o sumo sacerdote deveria queimar incenso diariamente pela manhã e pela tarde, enquanto prestava serviço ao Senhor. Este altar não se destinava ao holocausto, nem a oferta de cereais ou bebidas, o altar era reservado somente para queimar incenso aromático. O fogo para queimar incenso deveria ser trazido do altar de bronze e não de outro lugar. Uma vez por ano no dia da expiação, o sangue das ofertas pelo pecado deveria ser trazido e este sangue deveria ser aspergido sete vezes sobre os quatro chifres do altar de incenso. 


Havia cinco ingredientes no incenso aromático e deveriam ter quantidade igual, eram doces e amargos, que deveriam ser bem triturados, moídos e misturados juntamente com o incenso, sendo também temperados com sal ao final. Estes eram os ingredientes: Estoraque, Ônica, Gálbano, Incenso Puro, Sal. Deveria ter também outras características: doce (aromático), puro, santo, perpétuo, perfumado. Deus proibiu com sentença de morte qualquer pessoa que fabricasse outro incenso com a mesma composição para uso pessoal ou para usufruir de sua fragrância. Quando o altar do incenso estava em trânsito recebia uma cobertura dupla, o pano azul e a cobertura de couro de texugo.


O Altar de Ouro

1. O altar deveria ser na parte de cima, quadrado, o número quatro sempre está relacionado ao conceito de “quatro cantos da terra”, e era a peça “mais alta” indicando a oração do salmista: “suba a minha oração perante a tua face como incenso”. A pregação do Evangelho e a intercessão da Igreja devem alcançar todas as nações, até os confins da terra (Ap 5.9), eis seis tipos básicos de oração:

• Adoração e Louvor: É muito importante, pois faz parte do nosso relacionamento com Deus e rompe todas as barreiras e embaraços do nosso coração (Sl 50.23).

• Confissão: É a maneira fundamental pela qual recebemos o perdão de Deus e mantemos uma vida cheia do Espírito (Sl 139.23,24).

• Intercessão: É quando estamos na brecha e enfocamos as necessidades dos outros e abrangemos e cobrimos qualquer coisa do Reino (1 Tm 2.1,2).

• Petição: É quando apresentamos nossas necessidades e anseios, mas que estejam de acordo com as prioridades de Deus para nossas vidas (Hb 4.15,16).

• Meditação: É o ato de refletir na Palavra de Deus e ouvir quietamente Sua voz suave, pois Ele fala mais com aqueles que aquietam seu coração (Jr 29.13).

• Ações de Graças: É essencial para agradecermos a Deus por sua resposta e providência e por sua infinita Graça (favor não merecido) (Sl 100.-5).

2. A madeira de acácia traz a ideia de que Jesus era o renovo (ramo) justo e representa sua incorruptibilidade e humanidade sem pecado. Era puro em pensamentos, palavras, e atos. Não viu corrupção mesmo quando colocado no túmulo (Sl 16.10).

3. No ouro vemos a natureza divina do Filho de Deus. Aquele que era divino (ouro) tornou-se carne (madeira de acácia). Assim como havia dois materiais (ouro e madeira) em um único altar, havia duas naturezas no único mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, Homem (1 Tm 2.5,6).

4. Os quatro chifres formavam com o altar uma só peça, significando poder, autoridade e governo. Aponta para a verdade de que foi dado a Cristo, todo poder tanto nos céus como na terra. Na versão inglesa, King James, Hc 3.4, apresenta o eterno Deus como tendo “chifres saindo de sua mão, onde se escondia a sua força, autoridade e poder” (Mt 28.18,20).

5. A coroa é um símbolo de Cristo como nosso Rei. Parte da função da coroa era impedir que as brasas ardentes do incenso caíssem no chão. O ministério de Cristo como nosso Intercessor, de acordo com Judas 24, é também impedir-nos de cair em nossa carreira cristã (Hb 7.1-4,25).

6. As quatro argolas representam a universalidade do ministério da oração e consequentemente a eternidade do Senhor Jesus Cristo e o ouro sua divindade. Abaixo da moldura (coroa) aponta para o Seu esvaziamento (grego: kenósis) isto é, (1) Jesus abriu mão da posição e do privilégio que foram seus, no céu, (2) sua humildade em assumir forma humana e (3) não usou seus atributos sem o Pai; (4) plenamente Deus e plenamente Homem (Fp 2.5-10).

7. As duas varas usadas para transportar o altar, é figura de que somos estrangeiros e peregrinos nesta terra e estamos caminhando para a eternidade, à nossa “terra prometida”. As varas em conexão com o altar de incenso representam a morte e a ressurreição do Senhor Jesus Cristo (Hb 7.25).

8. O altar do incenso é o ponto central do Tabernáculo, e estava mais próximo da arca da aliança (a mais importante de todas) onde estava a Shekinah (glória de Deus), assim o altar é visto como o coração dessa figura. Entendemos assim que o ministério da oração, intercessão, adoração e louvor estão no coração do eterno Deus (Ap 8.2-4).

9. A ligação entre o ministério de Arão diante do altar do incenso e o candelabro aponta para o ministério do nosso grande sumo sacerdote, o Senhor Jesus Cristo. Enquanto Cristo ministra para a Igreja intercedendo por ela, Ele prepara o pavio das lâmpadas e as abastece com o óleo do Espírito Santo (Sl 55.17).

10. O fogo e as brasas do altar do incenso deveriam ser, trazidas do altar de bronze, pois o fogo foi aceso pelo próprio Deus, vindo da glória de Deus no dia da dedicação do Tabernáculo, assim este fogo era um fogo divino e qualquer outro era um “fogo estranho”. Fogo e incenso estranho representam falsa adoração e oração, que são abomináveis a Deus (At 2.4).

11. O sangue aspergido sete vezes sobre os quatro chifres do altar do incenso, aponta para o poderoso sangue de Cristo (nossa oferta pelo pecado) derramado no Calvário (altar de bronze) é a base e o fundamento do seu ministério de intercessão, pleno e perfeito. Ele intercede junto ao Pai pelos santos e pela Igreja (Hb 9.12-14).

12. O incenso está relacionado à oração, à adoração e à intercessão de Cristo e da Igreja. Os ingredientes do incenso devem apontar para os vários aspectos deste ministério junto a Deus. Eram de igual peso, indicando o perfeito equilíbrio deste ministério. Assim é importante conhecermos profundamente o significado de cada um desses ingredientes (Êx 30.34,35):

a)- Estoraque - (Significa, pingar ou destilar). Uma substância que saia de uma árvore nos monte de Gileade. Saia sem incisão (corte). A oração, intercessão e o louvor devem fluir de um coração voluntário, e espontâneo (Ef 5.18-20).

b)- Ônica (onicha) - Extraído de um molusco encontrado dentro de conchas (ou dum certo caranguejo) localizadas no fundo do Mar Vermelho. Sua fragrância se originava das coisas que se alimentavam. O louvor, a oração, e a intercessão devem fluir do fundo de um coração contrito. (1 Sm 1.9-15).

c)- Gálbano - Era uma seiva ou goma das folhas, encontrada num arbusto da Síria. Por ser amarga, era usada para repelir insetos. Foram quebradas e moídas produzindo uma seiva rala. A oração e o louvor devem sair de um coração quebrantado (Sl 51.17).

d)- Incenso Puro - De cor branca e provém da seiva de uma árvore; representa pureza, justiça. A genuína oração e o perfeito louvor devem sair de um coração puro, sincero e limpo (Tg 5.16).

e)- Franquincenso - De acordo com a tradição judaica, era também utilizado. Amargo ao paladar. Obteve-se de uma pequena árvore, por incisão à tarde. Durante a noite saia lentamente. Significa que nossas orações e o nosso louvor tem valor e são aceitos por Deus, só pelos méritos de Cristo que na amargura da cruz, agonizou lentamente até morrer pelos nossos pecados (Hb 5.7).

f)- Sal - Atua tanto como tempero, como conservante. É o falar, viver, puro e agradável e cheio de graça diante de Deus e dos homens. Exprime qualidade permanente e poder e louvor, dedicados a Deus em equilíbrio com sua aliança efetuada no sangue do Senhor Jesus (Mt 26.26-28)

13. Os ingredientes (doces e amargos) deveriam ser bem triturados, moídos e misturados com o incenso, sendo ao final temperado com sal. Da mesma maneira Jesus foi triturado, moído e esmagado, pelas provações e os sofrimentos. Ele provou o doce e o amargo, mas ainda esse incenso deveria apresentar outras características como, por exemplo, (Is 53):

a)- Aromático (doce) - Cristo doçura divina (Ct 5.16).

b)- Puro - Cristo era absolutamente puro (Hb 7.26).

c)- Santo - Cristo era sem pecado (1 Jo 2.1).

d)- Perfumado - Cristo exalava o aroma celestial (Ef 5.2).

e)- Único - Cristo é insubstituível (At 4.11,12).

14. Em trânsito pelo deserto o altar do incenso, era coberto por um pano azul, revelando Cristo como Senhor que está no céu, e levava uma cobertura de couro de texugo, Cristo como Filho de Deus encarnado, sem nenhuma beleza para o homem não regenerado. Vemos também as duas naturezas de Jesus Cristo, a celestial e a terrena (Jo 1.14).

O ponto mais alto da vida cristão é ter intima comunhão e relacionamento com Deus, através do "altar de ouro", isto é, devemos ORAR sem cessar. (I Ts 5.12).

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