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domingo, 12 de junho de 2011

HISTÓRIA DOS FILHOS DE YISRAEL





De Avraham/Abraão aos Dias Atuais

A história dos filhos de Yisrael começou há mais ou menos 4.000 anos (cerca do século XVII a.E.C.) - com o Patriarca Avraham/Abraão, seu filho Yitzchac/Isaac e seu neto Ya'kov/Jacob/Yisrael. Documentos encontrados na Mesopotâmia, que datam de 2.000 - 1.500 a.E.C., confirmam aspectos de sua vida nômade, tal como a Torah descreve. O Livro de Bereshit/Gêneses relata como Avraham/Abraão, nosso Pai, foi chamado a abandonar Ur, na Caudéia, e ir para Canaã, para iniciar a formação do Povo que Adoraria o Único ELOHIM contrariando desde então o sistema de adoração politeísta (Bereshit/Gêneses Cap. 12ss). Ainda no tempo de nosso Pai Ya'kov/Jacob/Yisrael, a Terra de Canaã que fora prometida ao nosso Pai Avraham e a sua descendência (por meio de Yitzhac/Isaac) como propriedade perpétua, foi assolada pela fome. E esse fato e o de Yosef/Josef, filho de Ya'kov com Rachel ter se tornado Governador do Egito (Bereshit/Gêneses Cap. 39ss), levou nosso Pai Ya'kov/Jacob e seus filhos e suas famílias estabelecerem-se no Egito, onde seus descendentes foram reduzidos à escravidão e sujeitos a trabalhos forçados. Depois de muitos anos de escravidão, nosso Povo israelita foi conduzidos à liberdade por Moshê Rabênu (Moisés nosso mestre) que, fora escolhido por ELOHIM (Shemot/Êxodo Cap. 3ss) para tirar seu Povo do Egito e retornar à Terra de Yisrael, prometida a nossos Pais (Bereshit/Gêneses Cap. 15ss) nos séculos XIII - XII a.E.C.. Após 50 dias da saída do Egito, no cume do monte Sinai, O ADON ELOHIM entregou a sua Torah a Moshê Rabênu que por sua vez a entregou ao nosso Povo, os Filhos de Yisrael ao pé do Monte. Toda a Torah foi entregue a Moshê Rabênu na forma oral, e um resumo na forma escrita para ser entregue ao Povo. O resumo na forma escrita foi escrito em Tabuas de Pedra e veio a ser chamado de "Asseret HaDibrot" (Os Dez Ditos ou Dez Mandamentos). A Torah é uma espécie de Ketubah/Contrato matrimonial que estabelece as diretrizes da relação entre YHWH (O ESPOSO) e seu Povo Yisrael (A ESPOSA). A saída do Egito (c. 1300 a.E.C.) deixou uma marca irremovível na memória nacional do nosso Povo Yisrael, e tornou-se um símbolo universal de liberdade e independência. Todos os anos nosso Povo celebra as festas de Pêssach (a Páscoa), Shavuot (semanas) e Sucot (Tabernáculos), relembrando os eventos ocorridos naquela época. Durante os dois séculos que se seguiram, nosso Povo conquistou a maior parte da Terra de Canaã e renunciáram à sua vida nômade, tornando-se agricultores e artesãos; seguiu-se uma fase de consolidação social e econômica. Períodos de relativa paz se alternavam com tempos de guerra, durante os quais o nosso Povo se unia em torno de líderes conhecidos como "Juízes", escolhidos por suas habilidades políticas e militares, e por suas qualidades de liderança. A fraqueza inerente a essa organização tribal, face à ameaça constituída pelos Filisteus (povo navegante da Ásia Menor que havia se estabelecido na costa mediterrânea de Canaã) gerou a necessidade de um chefe que unisse as tribos e mantivesse a liderança de modo permanente, com sucessão hereditária.

A Monarquia

O reinado do primeiro rei, Shaul (c. 1020 a.E.C.) permitiu a transição entre esta organização tribal já frouxa e o pleno estabelecimento da monarquia, sob David, seu sucessor. 
O Rei David (c. 1004-965 a.E.C.) fez de Yisrael uma das potências da região através de bem sucedidas expedições militares, entre as quais a derrota final dos filisteus, assim como por alianças políticas com os reinos vizinhos. Consequentemente, sua autoridade foi reconhecida desde as fronteiras com o Egito e o Mar Vermelho até as margens do Eufrates. Internamente, ele unificou as doze tribos israelitas num só reino e estabeleceu sua capital, Jerusalém, e a monarquia, no centro da vida nacional. A nossa tradição descreve David como poeta e músico, e os versos do Livro dos Salmos/Tehilim lhe são atribuídos. David foi sucedido pelo seu filho Shlomoh/Salomão (c. 965-930 a.E.C.), que consolidou mais ainda o reino. Através de tratados com os reis vizinhos, reforçados por casamentos políticos, Shlomoh/Salomão garantiu a paz para seu reino, tornando-o uma das grandes potências da época. Ele expandiu o comércio exterior e promoveu a prosperidade doméstica, desenvolvendo grandes empreendimentos, tais como mineração do cobre e fundição de metais; construiu novas cidades e fortificou as que as que tinham importância estratégica e econômica. O auge de sua realização foi a construção do Beit HaMicdash/Templo de Yerushaláyim/Jerusalém, que se tornou o centro da vida nacional e espiritual do nosso povo. A Bíblia atribui a Shlomoh/Salomão o Livro dos Provérbios/Mishlê e o Cântico dos Cânticos/Shir HaShirim.



Os Profetas

Os Profetas, pensadores religiosos e figuras carismáticas, considerados como dotados da sensibilidade em relação à YHVH e à Torah eram escolhidos Por Elohim como seus porta-vozes diante de toda a nação Yisraelita, atuaram durante o período da monarquia e até um século após a destruição de Yerushaláyim (586 a.E.C.). Às vezes conselheiros dos reis em assuntos relacionados à Torah e seu correto cumprimento, éticos e políticos, às vezes seus críticos, dando a primazia ao relacionamento correto entre o Yisraelita e Elohim, os profetas eram guiados pela sua aspiração de justiça e emitiram poderosos comentários sobre a moralidade e espiritualidade da vida nacional Yisraelita. Suas revelações estão registradas em livros de prosa e poesia inspiradas, muitos dos quais foram incorporados à Bíblia. O apelo universal e eterno dos profetas deriva de sua busca por uma consideração fundamental dos valores humanos. Palavras como as de Yeshayáhu/Isaías 1.17: "Aprendei a fazer o bem; praticai o que é reto; ajudai o oprimido; fazei justiça ao órfão; pleiteai a causa das viúvas" continuam a alimentar a aspiração da humanidade pela justiça social.

A Monarquia Dividida


O final do reino de Shlomoh/Salomão foi marcado por descontentamento das camadas mais pobres da população, que tinham de pagar pesados impostos para financiar seus planos ambiciosos. Além disso, o tratamento preferencial dispensado à sua própria tribo exasperava as outras, e consequentemente crescia o antagonismo entre a monarquia e os separatistas tribais. Após a morte de Shlomoh/Salomão (930 a.E.C.) uma insurreição aberta provocou a cisão das tribos no norte e a divisão do pais em dois reinos: o reino setentrional de Yisrael, formado pelas dez tribos do norte, e o reino meridional de Judá, no território das tribos de Judá e Benjamim. O Reino de Yisrael, com sua capital, Samaria, durou mais de 200 anos, e teve 19 reis; o Reino de Judá sobreviveu 350 anos, com sua capital, Yerushaláyim/Jerusalém, e teve o mesmo número de reis, todos da linhagem de David.
Com a expansão dos impérios assírio e babilônio, tanto Yisrael quanto judá, mais tarde, acabaram caindo sob domínio estrangeiro. O Reino de Yisrael foi destruído pelos assírios (722 a.E.C.) e seu povo foi exilado e esquecido. Uns 100 anos depois, a Babilônia conquistou o Reino e Judá, exilando a maioria de seus habitantes e destruindo Yerushaláyim/Jerusalém e o
Beit-haMikdash/Templo (586 a.E.C.).



O Primeiro Exílio


A conquista babilônica foi o fim do primeiro estado israelense (período do Primeiro Beit-haMikdash/Templo), mas não rompeu a ligação do povo israelita com sua terra. Às margens dos rios da Babilônia, nosso povo assumiu o compromisso de lembrar para sempre sua pátria: "Se eu me esquecer de ti, ó Yerushaláyim/Jerusalém, esqueça-se a minha mão direita da sua destreza. Apegue-se-me a língua ao paladar, se me não lembrar de ti, se não preferir Yerushaláyim/Jerusalém à minha maior alegria." (Tehilim/Salmos 137.5-6).
O exílio na Babilônia, que se seguiu à destruição do Primeiro Beit-haMikdash/Templo, marcou o início da Diáspora israelita. Lá, o judaísmo começou a desenvolver um sistema e um modo de vida religioso fora de sua terra, para assegurar a sobrevivência nacional e a identidade espiritual do nosso povo, concedendo-lhe a vitalidade necessária para preservar seu futuro como uma nação.

O Período do Segundo Templo

Os Períodos Persa e Helenístico

Em conseqüência de um decreto do Rei Ciro, da Pérsia, que conquistou o império babilônico, cerca de 50.000 judeus empreenderam o Primeiro Retorno à Terra de Yisrael, sob a liderança de Zerubavel, da dinastia do Rei David. Menos de um século mais tarde, o Segundo Retorno foi liderado por Ezrá, o Kohen e Mestre da Torah. Durante os quatro séculos seguintes, os judeus viveram sob diferentes graus de autonomia sob o domínio persa (538-333 a.E.C.) e helenístico - ptolemaico e selêucida (332 -142 a.E.C.). A repriação dos judeus, sob a inspirada liderança de Ezrá, a construção do Segundo Bei haMikdash/Santuário no sitio onde erguera o Primeiro, a fortificação das muralhas de Yerushaláyim/Jerusalém e o estabelecimento da K'nesset haGuedolah (a Grande Assembléia), o supremo órgão religioso e judicial do povo judeu, marcaram o início do Primeiro Estado Judeu, pois o Estado anterior ao exílio fora constituído pelas doze tribos de Yisrael. Enquanto este posterior ao exílio é constituído apenas pelas tribos de Yehudah e Binyamin e partes de Shimon e Levy, que formam agora o Povo judeu. Dentro do ambiente do Império Persa, os Judeus habitavam uma faixa de terra que não compreendia mais o mesmo amplo território ocupado anteriormente por todos os filhos de Yisrael. Agora, após o retorno da Babilônia, os judeus passam a ocupar somente a parte sul da Terra de Yisrael, que passa a ser chamada de Terra de Yehudah ou Judéia para os persas, e tem como centro Yerushaláyim/Jerusalém, sendo a liderança confiada ao Kohen Gadol/Sumo Sacerdote e ao conselho dos Sábios.
Como parte do mundo antigo conquistado por Alexandre Magno da Grécia (332 a.E.C.), a Terra de Yehudah continuava a ser uma teocracia judaica, sob o domínio dos selêucidas, estabelecidos na Síria. Quando os judeus foram proibídos de praticar a Torah e o Beit haMikdash/Santuário foi profanado, como parte das tentativas gregas de impor a cultura e os costumes helenísticos a toda a população, desencadeo-se uma revolta (166 a.E.C.) liderada por Mattityáhu/Matatias, da dinastia sacerdotal dos Hasmonim/Hasmoneus, e mais tarde por seu filho, Yehudah haMacabim/Judas, o Macabeu. Os judeus entraram em Yerushaláyim/Jerusalém e purificaram o Beit haMikdash/Santuário (164 a.E.C.), eventos comemorados até hoje anualmente, na festa de Chanucá.    








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