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sábado, 28 de maio de 2011

PERFUME DE MULHER




Hermes C. Fernandes

Perfume de Mulher é um filme americano rodado em 1992, dirigido por Martin Brest e estrelado por ninguém menos que Al Pacino.  Em busca de realizar um antigo sonho antes de morrer, um militar cego (Al Pacino) contrata um jovem e inexperiente estudante (Chris O'Donnell) para ajudá-lo a passar um fim de semana inesquecível em Nova York. O militar cego, que não deseja piedade nem tolera discordância, passa a criticar o comportamento do acompanhante. Porém, na viagem, aos poucos ele passa a se interessar pelos problemas do jovem, esquecendo um pouco sua amarga infelicidade.

A cegueira tirou todos os facínios do Coronel Slade, exceto o seu facínio por mulheres. Sem poder ver a beleza de uma mulher, o personagem de Pacino passa a ser seduzido por suas fragrâncias. Porém isso não é suficiente para que Slade queira continuar vivo, e é em torno deste eixo que a história do filme se desenrola, contando como um garoto introvertido do interior de Oregon influencia o decidido Coronel Slade.

Uma das cenas inesquecíveis é quando eles vão a um luxuoso restaurante, e o Coronel convida uma moça para dançar tango. Ela exita e ele lhe diz bombasticamente “Não se preocupe, o tango não é como a vida; você pode errar e continuar dançando.” Além de um ótimo olfato, ele adquire uma habilidade especial de superar limites. Diz-se que quando somos privados de algum de nossos sentidos, os outros tendem a se desenvolver mais.

As Escrituras estão cheias de referências a perfumes e especiarias. Dentre todos, nenhum tem o destaque dado à mirra. Esta é extraída de um arbusto espinhoso que cresce nas regiões desérticas, especialmente em África, em países como a Etiópia e a Somália. Tem sido usada, desde a antiguidade, para embalsamar corpos. Os egípcios, por exemplo, a usavam em suas múmias. Além de evitar o mal odor, a mirra tem ação bactericida, impedindo a ploriferação de fungos, vírus e bactérias. Ao ser ingerida serve como entorpecente, aliviando as dores e atenuando o contato com a realidade.

Nos tempos bíblicos a mirra era comumente usada para embalsamar os mortos. Por ser muito cara, era costume da família economizar o equivalente a um ano de trabalho para comprar a especiaria e guardá-la para ser usada por ocasião da morte de um de seus membros.

Também era usada pelos noivos na preparação do casamento. Ester teve que banhar-se em óleo de mirra por seis meses e em outras especiarias por mais seis meses antes de apresentar-se ao rei Assuero para ser escolhida como a nova rainha. (Ester 2:12).

Portanto, a mirra tem a ver tanto com casamento, quanto com sepultamento. Então, por que razão os magos vindos do Oriente a escolheram como um dos presentes do recém-nascido Jesus? Confira:

“E, entrando na casa, acharam o menino com Maria sua mãe e, prostrando-se, o adoraram; e abrindo os seus tesouros, ofertaram-lhe dádivas: ouro, incenso e mirra” (Mt. 2:11).

Que utilidade teria a mirra para um bebê?

Por mais mórbido que pareça, aquele perfume caríssimo era para ser usado no sepultamento de Jesus, e visava poupar Maria e José de um ano inteiro de trabalho. Talvez houvesse suficiente para usá-lo para embalsar tanto Jesus, quanto o resto da família.

Mas o fato é que, se aquela mirra chegou a ser usada, não foi em Jesus. Se é verdade que Maria ficou viúva antes que Jesus fosse crucificado (o que explicaria a ausência de José na cena da crucificação), talvez parte daquela mirra tenha sido usada para embalsamá-lo.

A mirra, porém, não foi o único presente recebido por Jesus na ocasião de Seu nascimento. Muito tem sido dito sobre seu simbolismo, mas gostaria de propor uma interpretação alternativa (ainda que pareça pretensão de minha parte): O ouro aponta para Sua chegada, o valor de Sua encarnação, o início. O incenso aponta para Sua obra, e a extensão de Sua existência terrena, o meio. Assim como o incenso se consome à medida que vai queimando, Sua vida terrena seria gasta inteiramente na dedicação da obra que veio fazer. Já a mirra aponta para Sua morte, a consumação de Sua obra, o fim. Início, meio e fim. Criação, redenção e consumação.

Depois do episódio de Seu nascimento, deparamo-nos com a mirra novamente no episódio em que Ele é surpreendido por uma mulher que, sem pedir licença, quebra todos os protocolos, invade o recinto em que estava, e derrama-Lhe sobre a cabeça um precioso bálsamo. Percebendo que os discípulos a censuravam, e que Judas argumentava que aquele perfume poderia ter sido vendido e seu valor revertido para os pobres, Jesus sai em sua defesa e diz: “Deixai-a, por que a aborreceis? Ela praticou boa obra para comigo. Sempre tendes os pobres convosco e, quando quiserdes, podeis fazer-lhes bem, mas a mim nem sempre me tendes. Ela fez o que pôde. Antecipou-se a ungir o meu corpo para a sepultura. Em verdade vos digo que em todo o mundo onde este evangelho for pregado, o que ela fez também será contado para sua memória”(Mc.14:6-9).

Esta mulher era ninguém menos que Maria, irmã de Lázaro, a quem Jesus ressuscitara poucos dias antes (Jo.12). No Evangelho de acordo com João, Jesus afirma: “Ela guardou este perfume para o dia do meu enterro”(Jo.12:7).

Pense comigo: aquele perfume custava 300 denários. Praticamente um ano de trabalho. Era economia de uma vida inteira. Considerado um bem da família, destinado a ser usado no embalsamento de seus membros. Era de se esperar que ela o tivesse usado em Lázaro, pelo menos a terça parte do perfume, já que sua família era composta de três pessoas. Se o tivesse feito, não haveria razão para que Lázaro cheirasse mal no quarto dia após seu sepultamento.

Em vez disso, ela o guardou para Jesus.

De acordo com o testemunho do próprio Jesus, ela se antecipou a prepará-lO para o sepultamento. O que significa isso?

Ao expirar na cruz, já era três horas da sexta-feira. O sábado judeu começa às seis horas da tarde. Portanto, faltavam apenas três horas. Pelos romanos, Jesus ficaria pendurado no madeiro sendo devorado pelas aves de rapina, como geralmente acontecia com os demais crucificados. Porém, havia um membro do sinédrio chamado José de Arimatéia que era Seu discípulo secreto. Foi por intercessão dele que Pilatos liberou Seu corpo para ser sepultado (Mt.27:57-60). A correria foi enorme. Um judeu não poderia fazer absolutamente nada no sábado, nem mesmo sepultar seus mortos, quanto mais embalsamá-los. Aproveitaram que havia uma sepultura nova que alguém esqueceu aberta próxima do lugar da crucificação. Só deu tempo de enrolar o corpo do Senhor em lençóis, fechar a sepultura com uma grande pedra e esperar até que o sábado passasse para que pudessem retornar com calma para os procedimentos normais, incluindo o embalsamento.

O texto diz que as duas Marias, entre elas a Madalena, seguiram José de Arimatéia e viram onde puseram o Seu corpo. A pressa delas em embalsamar Jesus era tão grande, que mesmo antes de começar o sábado, elas “prepararam especiarias e unguentos”, e ficaram esperando as primeiras horas do dia seguinte para prosseguir em sua empreitada (Lc.23:56). Elas devem ter pensado: Vamos ser mais rápidas do que José de Arimatéia. Quando ele chegar no domingo para embalsamá-lO, terá uma surpresa.

Outro personagem que entra nesta corrida é citado por João. Trata-se de Nicodemos, outro discípulo secreto de Jesus.  Segundo o relato de João, Nicodemos providenciou“quase cem libras de uma mistura de mirra e aloés” para embalsamar Jesus. Mas devido à aproximação do sábado, só deu tempo de perfumar os lençóis que envolveram o Seu corpo.

Ao chegar bem cedo no sepulcro onde estaria Jesus, quem teve uma surpresa foi Maria Madalena. Algo inusitado ocorrera. A pedra estava removida. O sepulcro estava vazio. Não! Ninguém levou Seu corpo, como Maria inicialmente achou que acontecera. Jesus ressuscitou dos mortos, como muitas vezes avisou aos Seus discípulos que ocorreria. Maria teve que voltar pra casa com aquele perfume. Porém, Jesus não ficou sem receber o devido tratamento. Ela pode ter chegado antes dos discípulos secretos, e mesmo antes dos demais discípulos, mas alguém se ANTECIPOU. Outra Maria fez o serviço.

Talvez Madalena não tenha se dado conta disso. Possivelmente não tenha presenciado o ocorrido na casa de Lázaro cerca de quatro dias antes.

Maria, irmã de Lázaro agiu antes mesmo da morte. Ela se antecipou à cruz. Teve um vislumbre do futuro. Tomou pra si a responsabilidade.

Maria Madalena, sinto em lhe informar, mas mesmo tendo madrugado em frente ao sepulcro, você chegou atrasada.

Imagine comigo: quando Jesus entrou em Jerusalém montado no jumento, Ele já estava devidamente perfumado para ser sepultado. Quando expulsou os cambistas, ele exalava aquele perfume forte. Pilatos, enquanto O julgava, devia ter pensado: que fragrância maravilhosa é esta? E enquanto era crucificado, aquele perfume se espalhava pelo ar…

* "Apenas para uso externo..."

De repente, no auge de Seu suplício, alguém se compadece de Sua dor e para atenuá-la, oferece-Lhe “vinho com mirra” (Mc.15:23). Esta mistura promovia um efeito semelhante a de um anestésico. Mas Jesus Se recusa a tomá-la. A mirra era bem-vinda como perfume, mas não como entorpecente. Um “homem de dores, e experimentado no sofrimento” (Is.53:3b) não podia deixar-Se entorpecer.

Infelizmente, a oferta recusada por Jesus tem sido aceita por Sua igreja em nossos dias. Perdemos o contato com a realidade. Buscamos desesperadamente o alívio de nossa dor.

O que deveria servir como perfume através do qual exalássemos a fragrância de Seu amor, tem sido usado como entorpecente, pra não dizer, alucinógeno.

A mirra pode representar nossa espiritualidade, com todos os dons que o Senhor nos outorgou pelo Seu Espírito. Se esta espiritualidade nos fizer pessoas voltadas para dentro de si mesmas, então ela nos entorpecerá. Uma igreja entorpecida perdeu o contato com a realidade à sua volta, e por isso, já não é capaz de afetá-la e transformá-la. Tornamo-nos apáticos, incapazes de nos solidarizar com a dor do mundo. Já não nos importamos com nada que aconteça à nossa volta. Simplesmente nos desligamos. Isso não é espiritualidade genuína, mas mera religiosidade, aquilo que Karl Marx chamou de “ópio do povo”. A verdadeira espiritualidade nos convida à compaixão e a nos engajarmos na transformação da realidade, para que o sofrimento humano seja atenuado.

Mesmo na Cruz, Jesus demonstrou preocupar-Se com os que estavam à Sua volta. Desde Sua mãe, passando pelos Seus algozes, até os ladrões crucificados ao Seu lado, todos foram alvo de Sua compaixão e solidariedade. Desta forma, Ele exalou o bom perfume de Seu amor em um cenário de dor e crueldade.
Se Ele Se deixasse tomar por um sentimento de auto-compaixão, certamente teria aceitado a oferta daquela esponja, e sorvido por inteiro a mirra que Lhe aliviaria a dor. Mas Ele recusou.

Agora somos convocados a levar “sempre por toda a parte o morrer do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus se manifeste também em nossos corpos; e assim nós, que vivemos, estamos sempre entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também em nossa carne mortal” (2 Co.4:10-11). E é assim que Deus “por meio de nós manifesta em todo lugar o cheiro do seu conhecimento. Pois para Deus somos o bom perfume de Cristo” (2 Co.2:14b-15a).

Nossa missão é espalhar Seu aroma pelo mundo.

Cantares retrata a esposa do rei, representação da igreja de Cristo, como aquele cujas mãos “gotejavam mirra”, e os dedos “mirra com doce aroma” (Ct.5:5). Ela é aquela que “sobe do deserto, como colunas de fumaça, perfumada de mirra” (Ct.3:6). 

Como Esposa de Cristo, temos que deixar um rastro de mirra por onde passarmos. Os ambientes que frequentamos devem ficar empregnadom da fragrância de Cristo. E isso se dá quando deixamos de viver para nós mesmos, para viver para Cristo e por aqueles por quem Ele Se entregou na Cruz. 

O Mundo pode até estar cego, como o personagem vivido por Al Pacino, mas certamente será capaz de perceber no ar o aroma de Cristo exalado por nós.


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CURIOSIDADE BÍBLICA: ESSÊNCIOS




Ordem ascética, existente desde cerca de 150 a.C. No tempo de Jesus, 4.000 essênios moravam em comunidades monásticas e em vilas por toda a Palestina, perto do Mar Morto. Provavelmente, o nome se deriva da raiz duma palavra hebraica cuja significação é piedoso. Por abstinência estrita e pelo asseio, os essênios esforçavam-se por atingir a absoluta pureza religiosa. Tinham as refeições costumeiras como festas sacrificatórias. Seus dias eram preenchidos com exercícios espirituais, lustrações e trabalho agrícola ou com artes mecânicas. 





Praticavam a comunidade de bens e reprovavam o casamento. Eram proibidos de negociar, jurar e ungir-se de óleo. Presenteavam incenso para o templo de Jerusalém, porém, como eram diferentes dos judeus ortodoxos, rejeitavam todos os sacrifícios de animais. Oravam com o rosto voltado para o sol levante, que contemplavam como o esplendor de Deus e acreditavam que sendo o corpo essencialmente pecaminoso, era incapaz de ressurreição. Talvez vivessem do oriente mais remoto, do Parsismo, os costumes que os distinguiam do judaísmo. Essa seita não foi mencionada no Novo Testamento e, até a época do Mestre, aparentemente exercia pouca influência sobre a vida nacional.




CURIOSIDADE BÍBLICA: ENTERRO




Na Palestina, o enterro foi realizado como o é atualmente, no mesmo dia do óbito ou no dia seguinte. Logo que morresse alguém, seus olhos seriam fechados (Gên. 46:4), o corpo lavado (At. 9:37), ungido (Mar. 16:1; Luc. 24:1; João 12:7) e envolto em linho (Mat. 27:59; Mar. 15:46; João 19:40). Não há menção de que o costume egípcio de embalsamar (Gên. 50:2, 26) fosse praticado pelos israelitas. Nas eras do Velho Testamento, aparentemente, os mortos eram sepultados nos trajes de uso diário. O defunto era levado à sepultura num féretro aberto (II Sam. 3:31), acompanhado por pranteadores e carpideiras (Ecl. 12:5; Jer. 9:17-20; Am. 5:16). Só no caso dos que cometiam os crimes mais abomináveis (Lev. 20:14; 21:9; Jos. 7:25) é que se praticava a cremação, o que se contemplava com horror (Amós 2:1). Para os judeus, não ser sepultado era a pior desgraça (II Reis 9:10; Jer. 8:2; 9:22; 22:19; Ez. 29:5; Sal. 79:2, 3). Muitas passagens do Velho Testamento atestam que os israelitas desejavam ardentemente ser enterrada na sepultura da família (com os pais), evidência de que acreditavam na comunhão depois da morte dos parentes (Gên. 15:15; I Reis 13:22; etc...). Seus sepulcros consistiam em covas na terra, cavernas naturais e recintos cinzelados em rochas (Is. 22:16), fechados com pedras grandes para que não fossem molestados pelos animais. Ao redor de Jerusalém ainda são encontrados muitos dos tais sepulcros, abertos em rocha. Mais tarde tornou-se costume depois das águas, cair às pedras dos sepulcros para evitar que os transeuntes, desapercebidamente se contaminassem por tocar neles (Mat. 23:27).







CURIOSIDADE BÍBLICA: HISSOPO




Planta com folhas e ramos cabeludos que cresce nos muros e nas rochas; usada para aspergir (Êx. 12:22; Sal. 51:7; João 19:29; Heb. 9:19-22).

HISTÓRIA DOS JUDEUS ENTRE

OS TESTAMENTOS

O período inteiro consiste de quatro épocas (Veja-se o Sexto Período da Cronologia).

I - PERÍODO PÉRSICO (537-330 a.C.). Neemias (444 a.C.) fora muito benquisto na corte, à qual noventa anos mais cedo os judeus deveram sua volta do exílio; e, em geral, o remanescente, a despeito do tributo e de outros elementos dolorosos da sua sujeição, ficou leal ao grande rei. Entretanto, cerca de 350 a.C., muitos judeus, por tomarem parte numa revolta, foram deportados para a Babilônia e outros lugares, por Artaxerxes Oco. Ao último século do domínio pérsico pertencem (1) o rompimento final entre os judeus e os samaritanos, (2) a substituição lenta entre os judeus do hebraico pelo dialeto aramaico tão difundido, e (3) o início da nova conquista da Galileia pela religião de Jeová.




II - PERÍODO GREGO (330-167 a.C.). Alexandre Magno, com quem se inicia esse período, além de conceder a Jerusalém privilégios especiais, distinguiu com provas de amizade os judeus que por ele se estabeleceram na cidade de Alexandria, onde o judaísmo assumiu as suas relações mais íntimas com o helenismo quanto à sua filosofia e à sua literatura. Ao morrer Alexandre (323 a.C.), as suas conquistas passaram para as mãos de seus generais; e, durante as pelejas que desde então sucederam, a Palestina compartilhava da confusão, até que a batalha de Ipso (301 a.C.) fez dos reis do Egito (os Ptolomeus) os dominadores dela durante um século inteiro, a despeito de diversos atentados pela parte dos seus antagonistas, os reis da Síria (os Selêucidas), para vencê-los. O novo poder soberano era tanto mais forte como mais justo do que o pérsico, e sob a sua administração o governo de Jerusalém nas mãos da dinastia sumo sacerdotal auxiliada por uma espécie de senado, incluindo as ordens superiores do sacerdócio, cresceu e se consolidou. Fora da Palestina também os judeus tornavam-se influentes, não somente em Alexandria, mas também na Líbia, em Cirene, na Ásia menor e em toda parte da Síria onde se estabeleciam pela coação ou pelo favor dos Ptolomeus e Selêucidas. Do outro lado também o intercâmbio estrangeiro nutria-se pelas colônias gregas da Palestina setentrional, especialmente as da zona que cercava o Mar da Galiléia.


O resultado mais importante de tudo isso foi a versão grega das Escrituras hebraicas chamada a Septuaginta (q.v.), obra esta que fez desaparecer o isolamento dos judeus e determinou a forma de linguagem em que havia de ser escrito o Novo Testamento. Durante a supremacia ptolemaica (320-198 a.C.), a influência da cultura helênica se fazia sentir na vida e na literatura dos judeus; porém, os seus efeitos tornaram-se mais evidentes depois de 198 a.C., quando Antíoco, o Grande (Selêucida), subjugou a Judéia.
Ao passo que o helenismo avançava, a nobreza sacerdotal tornava-se mais mundana. O cargo de sumo sacerdote veio a ser objeto de baixas intrigas. No tempo de Antíoco Epifânio, entre as classes superiores, ficou em moda verter o nome em forma grega (por exemplo, Meneláu em Menaém) e de outras maneiras menos inocentes, obscurecer a sua origem judaica. Afinal a loucura de Antíoco e de seus partidários sumo sacerdotais produziu uma crise seguida por uma revolta violenta.



III - PERÍODO MACABEU, OU ASMONEANO (167-63 a.C.). Os ultrajes à religião nacional, que molestaram os Macabeus (q.v.), despertaram o povo para que se compenetrasse do valor da sua fé própria. Das suas fileiras levantara-se o partido chamado Chasidim, que se distinguiu pela piedade e que se aderiu ao movimento macabeu, o qual serviu de estímulo para reunir a nação toda em volta da fé dos patriarcas. Por meio das guerras a favor da libertação do jugo sírio, o fim religioso se alcançou. O templo foi restaurado e de novo solenemente consagrado (165 a.C.); o templo rival sobre o Monte Gerizim como também a própria capital samaritana foram arrasados (129 a.C.); e o líder macabeu foi reconhecido como o Governador e Sumo Sacerdote para sempre, até que se levantasse um profeta fiel.



Entretanto, nessa época, a maior parte da nação estava possuída do espírito da agressão estrangeira; e contra o mesmo os sucessores do sossegado Chasidim, cuja esperança estava em Deus e não na intervenção humana, constantemente levantavam os seus protestos. Aos olhos dessa crescente oposição religiosa, que nos últimos anos de hircano (135-106 a.C.) veio a ser conhecida como fariseus (q.v.) (heb. perushim, isto é, separatistas), a idéia do judaísmo estava em perigo. Esses homens, cuja fortaleza estava nos escribas ou estudantes professos da Lei, pouco a pouco ganharam a atenção do povo. Sofreram grande revés sob Alexandre Janélo (105-78 a.C.), a favor de quem se deu uma reação popular. Mas o terreno perdido foi mais do que recuperado sob sua viúva Salomé (78-69 a.C.), que separou a liderança secular da sagrada (seu filho Hircano II ficando sumo sacerdote). Cerca dessa época, o Sinédrio (q.v.), mais do que nunca, ficou dominado pelos escribas e assim continuou daí por diante. Ao morrer Salomé, dissensões internas, concentrando-se ao redor de Hircano e de seu irmão Aristóbulo, deram aos romanos o seu ensejo; sob Pompeu ocuparam Jerusalém, aboliram a monarquia, restituíram a Hircano o título de sumo sacerdote.

IV - PERÍODO ROMANO. Enquanto os fariseus lucraram com a mudança que roubou aos saduceus (q.v.) a sua influência política, ela realçou o contraste entre o ideal farisaico e a esperança popular da restauração do reino. A dureza do seu jugo se sentiu, especialmente, quando Antípater, da odiada raça iduméia, sob mandado de Roma, ficou até sua morte em 43 a.C. ocupando o verdadeiro poder de estado, e quando, em 37 a.C., seu filho Herodes o Grande, com o apoio de Roma, tornou-se rei  da Judéia.

Por nascimento, idumeu; por profissão, judeu; por necessidade, romano; por cultura e por escolha, grego; esse monarca sem escrúpulo por inspirar temor, conservava-se no poder. Preencheu os principais cargos do governo com homens desconhecidos e de descendência sacerdotal da Babilônia e de Alexandria e aboliu a posição de sumo sacerdote vitalício. Por interessar os judeus no grande empreendimento nacional, isto é, a edificação dum novo templo, iniciada em 18 a.C., ele procurou desviar de si a apatia do povo. Por ocasião de sua morte, em 4 a.C., foi feita uma tentativa de insurreição que os romanos, no entanto, reprimiram severamente, entregando o país aos três filhos de Herodes.

Filipe ficou com a região ao leste do Jordão; Antípas com a Galileia e Peréia; Arquelau com a Judéia e Samaria. Depois de 6 d.C., passou o reino de Arquelau para o governo direto de Roma. Pôncio Pilatos sendo procurador de 26 a 36 d.C.

CURIOSIDADE BÍBLICA; GNOSTICISMO




Filosofia falsa que se propagou nos dois primeiros séculos do cristianismo. Aqui estão alguns de seus erráticos conceitos filosóficos: 1 - sua falsa teoria da criação, postulando uma cadeia de emanações, como elos partindo do Criador com sua perfeição e espiritualidade e tornando-se menos perfeita e menos espiritual e mais imperfeita e mais material, ao passo que se distava do primeiro Deus, até que terminou no elo final, o qual é, o universo que conhecemos, mesmo com todo e seu mal, teoria essa que nada explicou e tudo confundiu; 2 - falsa teoria da superioridade da gnose (conhecimento) em comparação com a fé, teoria essa que exaltava a inteligência e a erudição e enfraquecia a fé ao ponto dela perder o seu valor no plano da salvação; 3 - sua falsa teoria de a vera filosofia consistir-se dum conjunto de dogmas, de crenças cristãs e de origem oriental, judaica ou da mágica, teoria essa, sem unidade e coerência; 4 - sua falsa teoria da divindade de Cristo, da qual haviam duas escolas: a - a dos docéticos, ensinando que subsistia a vida terrestre de Jesus, ou, ao menos os seus sofrimentos, só na aparência, e não na realidade; e b - a de Cerinto, ensinando que Jesus nascera dos pais José e Maria, e que depois de seu batismo, um Cristo divino sobre ele e o abandonou durante a crucificação, teoria essa que em ambas as formas denegava a encarnação de Deus no seu filho Jesus; 5 - sua falsa teoria da vida moral baseia-se não no caráter de Deus, mas no critério do homem teoria essa que resultava na prática, por uns, de asceticismo e, por outros, de licenciosidade.




A seguir, são indicados os trechos no Novo Testamento onde se fazem referências ao gnosticismo, evidentemente: 1 - João 1:1-18, combatendo-se, indiretamente, os falsos conceitos 1 e 4 acima mencionados; 2 - Atos 8:9-24, combatendo-se a mágica praticada por Simão; 3 - I Epístola aos Coríntios, na qual se emprega e gnose que geralmente no Novo Testamento tem um sentido pouco digno, e em (cap. 8:1) é contrastado com o amor "a ciência incha, mas o amor edifica"; 4 - a Epístola aos Colossenses onde, no cap. 2:8, os seus ensinamentos são chamados "filosóficos e vãs sutilezas"; 5 - as Epístolas Pastorais Vejam-se I Tim. 1:4, "fábulas e genealogias intermináveis" contrastadas com a fé, e Tito 3:9 "Evita questões tolas... porque são coisas inúteis e vãs"; 6 - I e II Epístolas de João, onde se combate a teoria falsa (4) acima mencionada que Jesus não era encarnação divina. (Vejam-se I João 4:1-3 e II João 7-11); 7 - a Epístola de Judas e a II de Pedro e o Apocalipse, livros estes em que se encontram referências a diversas heresias e ensinadores perversos chamados anticristos (Vejam-se II Ped. 2:18-20; Jud. v. 4; Apoc. 2:6, 15).

CURIOSIDADE BÍBLICA: VINHO



Era produzido abundantemente na Palestina (Núm. 13:24); Deut. 6:11; 7:13; 8: 8; Is. 5:7; Os. 2:8, 12, 15), bebia-se, tanto no estado de mosto (Juí. 9:13;




Os. 4:11), como depois de fermentado e às vezes assentadas (cf. Sof. 1:12). Segundo costume velho misturavam-se especiarias ao vinho (Cant. 8:2; Is. 5:22; Prov. 9:2,5). Antes de ser tomado, o vinho era comumente coado a fim de ser purificado de fezes e insetos (Is. 25:6; Jer. 48:11; Mat. 23:24). O vício da embriaguez é  muitas vezes mencionado (cf. I Sam. 1:13; 25:36; I Tess. 25:36), e nas Escrituras encontramos muitos avisos enfáticos contra esse vício (Luc. 21:34; Rom. 13:13; Ef. 5:18; I Tim. 3:8; Tito 1:7). Os racabitas (Jer. 35) e os nazireus (Juí. 13;4,5; Luc. 1:15; 7:33) abstinham-se do vinho. Os sacerdotes eram proibidos do uso de bebidas fortes (Lev. 10:9-11). Uma libação de vinho era apresentada com os sacrifícios cotidianos (Êx. 29:40, 41), com as ofertas de cereais (Lev. 23:13), e com vários outros sacrifícios (Núm. 15:5-10).


CURIOSIDADE BÍBLICA: VIDE, VIDEIRA, VINHA




Desde os tempos primordiais cultivava-se a vide no Canaã (Gên. 9:20, 21). Os nomes de lugares, como Escol (cacho), Gate (lagar), etc., e o número de lagares antigos que se encontram na terra, atestam a sua prevalência. Nas Escrituras, o vinho (ou mosto) é muitas vezes mencionado, juntamente com o grão e o azeite, como um dos produtos principais do país (Deut. 6:11; 7:13; 8:8; Jer. 5:17; 39;10; Os. 2: 8). As regiões de Hebron e o Líbano eram famosas pela qualidade das suas vinhas (Núm. 13:22-24; Os. 14:7). Nos tempos antigos, julgamos que as qualidades principais de uvas eram de cor bem escura, tom grená, ou azul (cf. sangue de uvas, Gên. 49: 11, etc.). Vinhas situadas nas colinas, onde não se podia usar o arado, era cultivado com o alvião, sustentadas nas encostas por degraus apoiados por muros de pedras que evitavam a erosão, e cercadas de sebes ou paredes (Núm.22: 24, 25; Is. 5:5; 17:11) por causa do gado e animais selvagens. Os trabalhadores ou guardas moravam em cabanas ou torres (Is. 5:2; Jó 27:18). As uvas eram pisadas no lagar (Is. 16:10), o qual frequentemente se talhava em pedra, tendo ao lado, embaixo do respiradouro pelo qual o mosto saía, o vaso coletor e dali o líquido era tirado para odres ou ânforas (Jer. 48:11; Jó 32:19). A vindima, que era em setembro e outubro, era estação de júbilo geral (Juí. 9:27; Is. 16:10). Muitas vezes se deixavam secar as uvas e depois estas eram prensadas em bolos (I Sam. 25: 18; II Sam. 6:19; Os. 3:1).



TEMPLO




O I. O Templo de Salomão teve por modelo o Tabernáculo; porém, para aquele se dobraram as dimensões, e a mobília e a ornamentação do Templo eram em escala mais magnificente. O Templo em si media 60 côvados de comprimento, 20 de  largura e 30 de altura (ver Medidas). Foi construído de pedras antecipadamente preparadas e cobriu-se com pranchões e tabuados de cedro (I Reis 6:2, 7:9). O soalho era de cipreste, coberto de ouro e por dentro forraram-se as paredes com cedro, coberto de ouro. Nenhuma pedra era vista (I Reis 6:15, 18, 20, 22, 30; II Crôn. 3:5).



O Lugar Santíssimo, ou o Oráculo, tinha a forma de cubo, medindo 20 côvados de cada lado (I Reis 6: 16,20). Nele se encontravam a arca do pacto do Senhor e dois querubins feitos de pau de oliveira cobertos de ouro, cada um da altura de 10 côvados e com asas de 5 côvados  (I Reis 6:19, 23-28; 8:6,7; II Crôn. 3:10-13; 5:7,8). O véu com cadeias de ouro e duas portas fazia divisão entre o Lugar Santíssimo e o Lugar Santo, ou o Santuário (I Reis 6: 21, 31, 32).



O Lugar Santo, ou o Santuário, tinha 40 côvados de comprimento, 20 de largura e 30 de altura (I Reis 6: 17). Nas paredes, possivelmente perto do teto, havia janelas. O Lugar Santo continha o altar de incenso, de cedro coberto de ouro (I Reis 6:20, 22, 7: 48), dez castiçais e dez mesas  (II Crôn. 4:7,8). No Santuário as portas eram de cipreste (I Reis 6: 33, 34).

Contra as paredes laterais e a dos fundos da casa, edificaram-se três andares de câmaras que eram usadas para os oficiais e como depósito (I Reis 6:5, 6,8, 10). A frente ficava o pórtico com 20 côvados de comprimento e 10 de largura (I Reis 6:3 cf. I Reis 6:29, 30; II Crôn. 3:4), diante do qual havia duas colunas de bronze, chamadas Jaquim e Boaz, de 18 côvados de altura e tendo capitéis em formato de lírios (I Reis 7:15-22; II Crôn. 3:15-17).



Quanto aos pátios, alguns opinam que era dois - o pátio grande (II Crôn. 4:9) para Israel e o pátio interior (I Reis 6:36) para os sacerdotes; mas outros entendem que existia um só pátio, com uma parte reservada para os sacerdotes. Fosse como fosse, lemos que se cercava de três ordens de pedras lavradas com uma ordem de vigas de cedro e que tinha portas (I Reis 7:12; II Crôn. 4:9). No pátio, perante o Templo, encontravam-se o altar de bronze (II Crôn. 4:1), o mar de bronze assentado sobre doze bois em grupos de três (I Reis 7:23, 25, 39; II Crôn. 4:2-5, 10), e dez pias de bronze (I Reis 7:38, 39; II Crôn. 4:6).
O Templo foi incendiado por Nebuzaradão, general de Nabucodonosor, 587 a.C. (II Reis 25:8, 9).



II. O Templo de Zorobabel. Ao voltarem do cativeiro, sob Zorobabel, os judeus erigiram esse Templo. Cingiu-se ao modelo do Templo anterior, ainda que com proporções diferentes e em escala menos magnificente (Esd. 6:3, 4).

No segundo ano depois da volta, lançaram-se os alicerces do Templo (Esd. 6:1 e seg.), mas as obras foram impedidas pelos samaritanos que acusaram os judeus perante Artaxerxes (Esd. 4:1 e seg.). Recomeçado o trabalho em 520 a.C., no segundo ano do reinado de Dario (Esd. 6:1 e seg.), foi terminado em 516 a.C. (Esd. 6:15).

O Templo de Herodes subsistiu o de Zorobabel. Começaram-se as obras cerca de 19 a.C, e só terminaram em 63-64 d.C. (cf.João 2:20). A área aumentou o dobro das dimensões anteriores. O próprio Templo reproduziu o plano antigo com exceção da altura, que foi de 40 côvados em vez de 30. O Lugar Santíssimo era separado do Lugar Santo por um véu (Mat. 27:51); Heb. 6:19; 10:20), e estava vazio. A extremidade oriental estava ladeada de duas alas, fazendo com que a frente do Templo medisse 100 côvados de comprimento. Além do pátio dos sacerdotes, havia um pátio grande, do qual a parte adjacente ao Santuário reservava-se para os homens de Israel, e parte oriental para as mulheres de Israel. Esses pátios estavam cercados por muros grossos (Ef. 2:14). A porta magnífica ao muro oriental talvez fosse a Porta Formosa de Atos 3:2. Desses recintos ficava o pátio grande dos gentios, onde os cambistas se assentavam e onde os negociantes exibiam seu gado à venda.




O Templo de Herodes foi o maior e o mais suntuoso dos três. Durante o cerco de Jerusalém, em 70 d.C., contra as ordens de Tito, um soldado romano o incendiou. (Ver Jerusalém

CURIOSIDADES BÍBLICAS - TARGUNS


Quando o hebraico da Bíblia não era mais compreendido pelos povos que falavam o aramaico, foi necessário um tradutor de aramaico quando se lia o hebraico. No princípio essa interpretação ou Targum era muito simples, mas pouco a pouco se tornou mais aperfeiçoada e, finalmente, reduzida a escrito.

Os principais Targuns são:

1. O Targum de Ônquelos sobre o Pentateuco, talvez do segundo século d.C.
2. O Targum de Jônatas Bene-Uziel sobre os Profetas e os Livros Históricos, de época posterior.

CURIOSIDADES BÍBLICAS - TALMUDE



(do termo hebraico que significa aprender), código fundamental da lei civil e canônica do judaísmo rabínico. Consiste de (1) a Misna (repetição), isto é, a Halaca, ou a lei tradicional, como ela foi reduzida a escrito pelo Rabí Judá, o Santo (que morreu em 219 d.C.) e seus discípulos, obra esta que se divide em 6 partes, compreendendo 63 tratados ou 524 capítulos. O trabalho suplementar, chamado Tosefta, ficou terminado em 400 d.C. (2) A segunda parte do Talmude é a Gemara (acabamento), interpretação da Misna. Há duas formas da Gemara; a palestiana, que se originou na escola de Tiberíades na Palestina, cerca de 250 d.C., e que se completou em mais ou menos, 400 d.C.; a babilônica que se desenvolveu na escola de Sura na Babilônia, e terminou em 550 d.C.




Para os dois métodos de interpretação empregados no Talmude, ver Halaca e Hagada.

CURIOSIDADES BÍBLICAS - JUMENTO MONTÊS E JUMENTO





JUMENTO

(também chamado Asno). O jumento domado, segundo opinião erudita, descende do jumento montês da Abissínia. É mencionado nos relatos mais primitivos do Egito, como também nos mais antigos monumentos assírios. No Oriente o jumento é mais valorizado do que no Ocidente. Desde os tempos primordiais, jumentos brancos (albinos) foram reservados para os dignitários (Cf. Juí. 5:10). O jumento era animal simbólico da paz (Cf. Zac. 9:9), enquanto o cavalo se associava com a guerra. Era proibido lavrar-se a terra usando juntamente o jumento e o boi.





JUMENTO MONTÊS

(Asno montês, ou Asno selvagem). A maior parte das citações bíblicas refere-se ao jumento ou asno montês, especialmente as descrições de Jó e dos Profetas (Jó 11:12;  24:5; 39:5-8; Is. 32:14; Jer. 2:24; 14:6; Os. 8:9). Esse animal é indomável e é muito mais veloz que o cavalo. Nas Escrituras, as referências aos seus hábitos são exatas. Na escultura assíria, frequentemente é representada a caçada do jumento montês.

CURIOSIDADES BÍBLICAS - ANCIÃOS, PRESBÍTEROS OU BISPOS

Chefes de famílias e de tribos entre os hebreus primitivos e outros povos remotos (Gên. 50:7). Administravam a justiça, e, em tempo de guerra, serviam de capitães em seus exércitos (cf. o xeque árabe, ancião; e vejam-se Êx. 3:16; 19:7; 24:1; Núm. 22:7). Mais tarde os anciãos da cidade (Deut. 19:12; 21:3; 22:15; etc...) substituíram os de tribos e de famílias retendo as funções judiciais destes (Deut. 22:18). Possivelmente os juízes e oficiais de Deut. 16:18 (cf. 21:2) agiram respectivamente como administradores e legislativos da justiça entre os anciãos. Quando a sinagoga (q.v.) se tornou instituição bem estabelecida entre os judeus, os anciãos, autoridades civis de um lugar, exerceram suas funções na própria sinagoga local.

Os anciãos, presbíteros ou bispos das igrejas primitivas eram moderadores ou pastores, escolhidos segundo o costume da sinagoga. Acredita-se que, desde o princípio, fossem eleitos pelo povo e, depois de aprovados pelos apóstolos, eram empossados com oração e imposição das mãos. Como pastores, seu trabalho consistia em: exercer uma vigilância espiritual sobre o povo, visitar os doentes, cuidar dos pobres e dos estrangeiros; manter disciplina nas assembléias religiosas; ensinar e administrar os negócios da congregação em cooperação com os diáconos (At. 20:28; I Tess. 5:12; I Tim. 3:2; 5:17; Tito 1:7-9; Tiago 5:14; I Pedro 5:1-3; etc...). No Novo Testamento os três títulos (heb., ancião; gr., presbítero; lat., bispo), são usados indistintamente para o cargo de pastor. Isto se explica pelo fato de que havia cristãos entre os judeus, gregos e romanos. Assim aconteceu até 150 d.C. quando, pela primeira vez, os presbíteros eram subordinados aos bispos

quarta-feira, 25 de maio de 2011

TEMA: REFLEXÕES SOBRE A CONDUTA ESPIRITUAL, DISCIPLINAR E PEDAGÓGICA DO PROFESSOR DA ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL




Introdução: Persiste em ler, exortar e ensinar, até que eu vá. Medita estas coisas; ocupa-te nelas para que o teu aproveitamento seja manifesto a todos. (I Timóteo 4. 13, 15).  

Na Palavra de Deus encontramos duas passagens que caracterizam com clareza o perfil de conduta do professor da Escola Dominical: (Ed 7.10 e II Tm 2.15). No texto do AT, o exemplo a ser seguido é Esdras. A Bíblia diz que ele tinha preparado o seu coração para buscar a Lei do Senhor (conduta espiritual), e para cumpri-la, (conduta disciplinar) e também para ensinar (conduta pedagógica). No texto do NT, o exemplo é Timóteo (o que Paulo esperava dele). Paulo o recomendava a procurar apresentar-te a Deus aprovado (conduta espiritual), como obreiro que não tem de que se envergonhar, (conduta disciplinar) que maneja bem a Palavra da verdade (conduta pedagógica). É com base nesses dois exemplos que iremos refletir sobre os principais aspectos que envolvem a nossa conduta como Professores da Escola Dominical, sob os pontos de vista Espiritual, Disciplinar e Pedagógica.

Ser chamado por Deus para ensinar a Sua Palavra está entre os mais altos chamados que uma pessoa pode ter. O Ensinador da Palavra de Deus tem a santa responsabilidade de conhecer e entender as Escrituras, conforme Deus lhe conceder. Ele deve ensinar a Palavra de Deus a seus alunos de tal modo que eles possam entendê-la e também ensiná-la a outros (II Tm 2.2).

Ensinar é um DOM de Deus e é também uma ARTE. Essas duas facetas do ensino bíblico são importantes e necessárias para que o professor cristão seja eficaz e obtenha resultados espirituais. Um mestre da Palavra de Deus deve aprender as regras básicas ou princípios de ensino para que possa comunicar o que deseja. Mesmo assim, um professor pode saber todas as leis do ensino e não ter a benção de Deus no seu ministério.  A chave da eficiência espiritual no ensino é ter a unção do Espírito Santo e saber usar as leis do ensino.



I.A CONDUTA ESPIRITUAL DO PROFESSOR DA ESCOLA DOMINICAL

1) Fundamento do Crescimento Espiritual – É indiscutível que nós, Professores da Escola Dominical, sejamos cristãos cheios do Espírito Santo e que andemos permanentemente da presença de Deus. Não se pode admitir que um professor, que ensina a Palavra de Deus, não esteja em perfeita sintonia com o seu autor. Isso implica em tomarmos a decisão de buscar ao Senhor e à Sua Palavra, a fim de que a nossa vida espiritual esteja fundamentada em quatro pilares:
    a)         A presença constante do Espírito Santo em nossa vida – Efésios 5. 18b;
 b)         A Oração – Efésios 6.18, 19;
 c)           O Jejum – Atos 13. 2; II Coríntios 11. 27;
 d)         O Estudo Sistemático da Bíblia – Cl 3.16.

2) Avaliando Nossas Necessidades e Atitudes – Como professores, precisamos estar conscientes da necessidade de nos abastecermos da graça de Deus durante o preparo das nossas aulas, assim como durante o nosso ensino e, principalmente, após cada aula ministrada. Não devemos nos preocupar só com o alimento que devemos dar aos nossos alunos, mas primeiramente com o nosso próprio alimento. Precisamos olhar para o nosso interior e fazer-nos algumas perguntas:
 a)       Quantas horas orei nesta semana pela minha firmeza espiritual?
 b)       Quantas vezes jejuei neste mês por mim, para servir melhor a meus  alunos?
 c)        Quantas horas nesta semana dediquei-me ao estudo da Bíblia
 d)        Quantas horas orei nesta semana pelos meus alunos?

Naturalmente, atitudes como estas são o resultado de uma decisão, como a que Esdras tomou, no sentido de buscar, e como a que Paulo recomendou a Timóteo que tomasse, no sentido de procurar. Significa que isso não é tarefa fácil, porém imprescindível. Requer sacrifício de nossa parte, e a consciência de que, acima de tudo, somos instrumentos de Deus para a transformação de vidas, e para isso precisamos estar com a nossa vida espiritual plenamente regular. Como poderemos contar com operação do Espírito Santo em nosso ensino, para transformar vidas, se não estivermos em plena comunhão com Ele? Como e o que iremos ensinar se estivermos vazios?


Trata-se de um avivamento contínuo. Se estivermos avivados, tudo se tornará mais fácil: teremos mais disposição e graça para ensinarmos e poderemos ver com clareza a vida dos nossos alunos sendo transformada. Hoje devemos tomar a decisão de rever as nossas necessidades espirituais e buscar o suprimento contínuo para elas.

 Um professor desanimado e vazio é um desastre, primeiramente para sua própria vida espiritual, e depois para os seus alunos.




3)      A Importância do Nosso Ministério – Devemos estar cientes da relevância do nosso trabalho na Igreja, mesmo que não sejamos reconhecidos por isso. Independentemente de alguém dar ou deixar de dar a devida importância ao que Deus nos chamou para fazer, devemos seguir em frente. E animados! O Senhor, dono da Obra, sabe quão digno é o nosso trabalho, pois somos instrumentos seus para a transformação de vidas. Portanto, façamos jus a tamanho privilégio, e procuremos nos encher cada vez mais da presença do Espírito Santo e do conhecimento da Palavra de Deus, com uma vida regular de oração, sabendo que em tudo somos dependentes da misericórdia do Senhor. Mesmo desconhecidos, nosso trabalho tem a mesma importância em relação ao que é feito por outros com prestígio entre os homens (Êxodo 17. 12-13).



II.A CONDUTA DISCIPLINAR DO PROFESSOR DA ESCOLA    DOMINICAL

1)      Espelho Vivo – Como Professores da Escola Dominical, somos espelho para os nossos alunos, queiramos ou não. Paulo escreveu aos Filipenses, 4. 9, afirmando: “O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso fazei;...” (grifo nosso). Os alunos querem sempre imitar seu professor. Paulo, aliás, pediu que o imitassem, sendo ele mesmo um imitador de Cristo (I Coríntios 11. 1). Desta forma, precisamos nos conscientizar de que todas as nossas atitudes são vistas por nossos alunos com muita seriedade.

Todo aluno deseja ser como o seu professor. Deseja imitá-lo. Faz dele um modelo de conduta. Devemos nos dar conta disso, procurando desenvolver um padrão de comportamento que seja de fato exemplar, afinal, precisaremos usar essa ferramenta em nossa atuação como instrumento de Deus para a transformação de vidas.

 2)     Vivendo o Que Ensinamos – Na Escola Dominical, ensinamos muito pelo que dizemos, mas ensinamos mais pelo que somos. Nossas boas palavras como professores têm como base e força maior o bom exemplo que vivemos. Quando o aluno vê o Evangelho vivido em nós, isso lhe traz grandes benefícios. É uma confirmação do que ele está aprendendo.

Como professores, devemos refletir a vontade divina sendo executada em nossa vida, e não a nossa própria vontade. Para tanto, convém perguntar-nos a nós mesmos:

      Que Tipo de Pessoa Sou Eu?”
Depois de responder a essa pergunta, eis uma segunda:
     Como Posso Melhorar a Minha Vida?”.

3)        Exemplo Vivo – Em 1 Timóteo 4. 12 a Bíblia recomenda: “Sê o exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, na caridade, no espírito, na fé, na pureza.”; Da mesma forma, em Tito 2.7: “Em tudo de dá, por exemplo.”

Significa que devemos ser exemplo para os nossos alunos não somente no contexto espiritual, mas também em outros aspectos da vida material.

Como professores, querendo ou não, influenciamos. E não podemos fugir disso. E essa influência contagia com naturalidade toda a classe. Se não somos disciplinados, a influência que transmitiremos à nossa classe será negativa, e as conseqüências disso serão, seguramente, desastrosas.

4)    Destaques – São muitos os aspectos que devemos observar em relação à nossa conduta, como professores, principalmente perante os nossos alunos, dentre os quais podemos destacar:

   a)          Pontualidade – Se vacilarmos no horário de início e fim da nossa aula, estará dando péssimo exemplo aos nossos alunos e comprometendo a ordem na Escola Dominical.

    b)            Assiduidade – Se vacilarmos no tocante à regularidade da nossa frequência à Escola Dominical, que moral terá para chamar a atenção dos nossos alunos que não estão frequentando a EBD com regularidade?

QUEM NÃO PODE SER FIEL NA ASSIDUIDADE E NA PONTUAL IDADE É MELHOR DAR O LUGAR PARA OUTRO QUE POSSA SÊ-LO, PARA NÃO PREJUDICAR A OBRA DE DEUS.

 c)    Colaboração – Colaborar significa laborar em conjunto, buscando o mesmo objetivo. Também pressupõe integração. O professor disciplinado é um colaborador, em todos os aspectos, junto ao seu Superintendente e demais Colegas. Ele está sempre à disposição para ajudar, para ser útil em alguma coisa que porventura possa estar ao seu alcance fazê-lo.

 d)           Lealdade – O professor da EBD deve ser um membro fiel e leal à igreja que o elegeu para o ensino bíblico em uma classe da Escola Dominical. Sem essa lealdade, a igreja e a classe saem prejudicadas. Essa lealdade abrange alguns aspectos que podem ser identificados:

 a)         No apoio ao Pastor;
 b)         Na assistência aos cultos;
 c)           Na participação no sustento financeiro.

5)           Qualidades – Em relação à nossa conduta disciplinar, devemos identificar quatro qualidades:

 a)         Relações inter pessoais – Como está o nosso trato com os alunos? E com os outros professores? E com a direção da igreja? E com a direção da Escola Dominical?

  b)         Senso de Chamada – Estamos conscientes de que Deus tem para nós um trabalho especial? Sabemos que esse trabalho é a nossa classe de Escola Dominical? Estamos ciente da importância de aplicarmos os nossos conhecimentos e experiências, visando à transformação de vida dos nossos alunos? (Efésios 4.11)

 c)           Disposição de Aprender – Como as demais pessoas, somos imperfeitos. Estamos reconhecendo nossas limitações? Os melhores professores são aqueles que têm a disposição de aprender. Até Jesus “crescia em sabedoria” (Lucas 2. 52). O professor deve procurar sempre oportunidades para aprender mais.

 d)         Disposição de MelhorarTodo Professor pode ser um Professor Melhor!  É triste quando um professor está satisfeito em ficar onde está, e em ensinar sempre como ensina agora, sem querer progredir.




III. A CONDUTA PEDAGÓGICA DO PROFESSOR DA ESCOLA DOMINICAL

1) Idoneidade – Em II Timóteo 2. 2 a Bíblia apresenta, além da fidelidade, outra qualidade imprescindíveis ao professor da Escola Dominical: a Idoneidade Para o Ensino. Isso significa estar capacitado, estar apto, estar preparado, ser competente. O nosso preparo só será alcançado e aperfeiçoado se levarmos a sério a recomendação bíblica atribuída com exclusividade a quem ensina: dedicação plena (Romanos 12. 7).

2) Dedicação no Preparo Adequado das Lições e Na Organização das Aulas. Não se pode esperar praticamente nada de um professor que não se dedica ao preparo das lições que ministrará no domingo. É imprescindível que gaste e se deixe gastar, com boa vontade, para o bem da vida espiritual dos alunos (II Coríntios 12. 15). Eis algumas reflexões neste sentido:

   a)         Quantas vezes por semana estudamos o texto da lição?
   b)         Quantas horas temos gasto por semana, procurando reunir o melhor que   pudermos, para apresentarmos à nossa classe na aula de domingo?
   c)           Temos feito uso adequado de todo o material de pesquisa que for necessário ao preparo da nossa lição?
   d)         Temos estabelecido adequadamente os objetivos da lição, considerando as necessidades da classe, e as características pessoais dos nossos alunos?
   e)          Temos reunido e feito uso dos recursos instrucionais adequados ao desenvolvimento da nossa aula?
   f)            Que método ou métodos de ensino iremos adotar, para ministrarmos com sucesso a nossa aula de domingo?

3)      Dedicação Para Conhecer Nossos Alunos e Sermos Conhecido Por Eles. Só assim poderemos influenciar suas vidas, levando-as ao amadurecimento espiritual, o que podemos chamar de vidas transformadas. À medida que procuramos influenciá-los para uma vida de maior crescimento espiritual, passamos quase que a apascentar nossos alunos, que se tornam, por assim dizer, ovelhas nossas. Isso significa que devemos acompanhar todos os passos dos nossos alunos, dentro e fora da sala de aula, não como quem vigia, supervisiona ou procura surpreender, mas como quem se preocupa, desejando ajudar o aluno em todas as suas necessidades, sejam elas materiais ou espirituais, para que nossa ovelha não venha a desgarrar-se ou a enfraquecer-se.

4)    Dedicação Com Uma Visão Voltada Para o Crescimento da Escola Dominical. Fazemos parte de uma organização, a EBD, e devemos estar inteirados dos objetivos gerais da mesma, para podermos dar a nossa contribuição na busca do alcance desses objetivos. Algumas reflexões neste sentido podem ser destacadas:

 a)         Temos nos preocupado com o crescimento da nossa classe, fazendo campanhas e usando outros recursos para motivar o progresso da mesma, sabendo que isso refletirá no crescimento da EBD?
b)         Temos procurado nos enquadrar nos objetivos gerais da EBD de nossa igreja, sendo fiéis colaboradores do Superintendente e do pastor?
 c)           Temos feito discípulos (novos professores) em nossa própria classe, para colocarmos à disposição do Superintendente e do Pastor novos talentos, até então no anonimato?
5) Empecilhos. Ainda neste contexto, podemos destacar três empecilhos ao nosso sucesso como professores, os quais devem ser evitados a todo custo:
a)         Falta de Experiência – Não é recomendável ao professor conduzir uma aula sem que tenha adquirido vivência suficiente para isso. Ele precisa estar seguro do que irá ensinar, de maneira a esclarecer as dúvidas de seus alunos.

b)         Falta de Tempo – A diferença entre as pessoas está na maneira como usam o tempo e como definem suas prioridades. O que é mais importante para uma pessoa recebe maior parcela de seu tempo. Quanto tempo temos dedicado à nossa classe de Escola Dominical?

c)           Falta de Preparo – Isso pode estar ligado à questão de tempo, e até à falta de recursos, mas pode ser por outra causa: A falta de visão do que queremos para os nossos alunos. Quando nos falta visão de crescimento para os nossos alunos, não nos incomoda o fato de darmos uma aula de qualquer maneira. Agindo assim, estaremos fazendo agravo ao que a Bíblia nos adverte quanto ao ensino em (Romanos 12. 7).

IV. QUANTO TEMPO VOCÊ GASTA DIARIAMENTE NO PREPARO DA LIÇÃO?




1)         Etapas no Preparo da Lição
·              Preparo do Esboço da Lição (para adultos), ou Plano de Aula (para crianças).
·             Escolha dos Métodos de Ensino, e, dos Recursos Educacionais a serem utilizados durante a aula bíblica.
·              Preparo de trabalhos em classe e extra classe, como: Questionários, Testes, Tarefas (orais ou escritas),     Anúncios a serem feitos à classe, etc

2)           O Ensino da Lição Diante da Classe
Siga as etapas da lição ao ser esta apresentada diante da classe.

1)             Introdução da Lição              3 minutos
2)           Explanação da Lição           30 minutos
3)           Verificação da Lição             5 minutos
4)          Aplicação da Lição                7 minutos
5)           Encerramento da Lição         5 minutos.





CONCLUSÃO: Que Deus nos dê graça para decidirmos buscar uma acentuada melhoria em nossos trabalhos na Escola Bíblica Dominical, mediante tudo o que acabamos de refletir, sabendo que, para isso, precisamos rever nossas prioridades e entender quão importante é este nosso ministério. 

                                                                  Elaborado por MARIA VALDA
                                                                                           Ministrante
            
  

    Material Pesquisado:

*    Elementos de Pedagogia – Princípios de Meios Auxiliares de Ensino – Bruce e Karen Braithwaite.
*         Manual EPED – Encontro de Professores da Escola Dominical – Antônio Gilberto.
*         V Encontro de Superintendentes e Professores da Escola Bíblica Dominical – Cordovil – RJ. – Antônio Gilberto. (Superintendência de Francisco Alves)
*        I Seminário de Professores de Escola Dominical – Francisco Alves de Oliveira e Daniel Fidelis de Barcellos. - Ano 1995.





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 Rio de Janeiro, 29/04/2011.